Eu sempre tive a crista alta
Eu já nasci com a língua solta, falando mal
Anastácia nunca me cozinharia
Porque sabe que meu veneno a faria passar mal
A cena corta para o celeiro onde todas as aves citadas anteriormente estão sentadas em cima de ninhos, cada uma com o seu. É possível ver um facão sobre a sombra das mãos de uma mulher, aparentemente mais velha, que andava de um lado para o outro.
Eu gostava de babar ovo da Sophia,
Queria ser a favorita, consertar minhas feridas
Insegura, mas estou ficando madura
A vida é melhor quando a gema é dura
Não vou deixar amolecer
Em um cenário seguinte, todas as aves estavam ajoelhadas em um trajeto de milho dourado, que as fazia delirar. Elas choravam, como se estivessem pagando por seus pecados.
Eu cometi erros que eu já me arrependi
Menti e enganei, mas agora evoluí
Mamãe já dizia que bicho te mordeu?
E eu me pergunto, você comeria uma franga como eu?
Porque quando você vê minhas pintinhas, baby já quer fugir
Mas eu me amo, porque eu nasci assim
Vou mostrar a melhor versão de mim, aquilo sempre escondeu
Então, comeria uma franga como eu?
As galinhas se levantam no cenário do celeiro, como se fosse uma coreografia, cada uma colocando ovo, de forma que o mesmo caía e em seguida elas batiam as asas e desciam para se apresentar para quem segurava aquele facão.
Uma franga!
Uma franga como eu, uma franga como eu
Fra-fran-ga como eu, uma franga como eu!
Fra-fra-franga como, uma franga como eu!
Quando todas estão ali, naquele trajeto dourado de milho, a mesma sombra de facão as persegue. Canarinha Cry se levanta e é possível ver várias penas voando em seguida. Uma a uma, elas se levantam e vão restando somente suas penas. Ao fim, quando Pintadinha se levanta, sua penagem está diferente da que estava anteriormente.
Passe um dia ficando no meu lugar
Sinta as manchas que me mancham, e entenderá
Mas agora elas são o motivo para eu me orgulhar
Vou soltar as penas que me cobrem e deixar brilhar
Ainda sendo treinadas para serem galinhas perfeitas, no celeiro, elas começam a chocar os ovos, rebolando suas cloacas sobre o ninho e fazendo força para que o pintinho venha o mais rápido possível.
Minhas pintas são mais brilhantes que a de pavão,
Coloridas como a de um camaleão,
Lorigato também nasceu com elas
Penélope já disse para vocês
Manchinhas, agora é a sua vez
Vão brilhar no mundo inteiro
No cenário do carro, elas observam pela janela as imagens de si mesmas por dentro. Pintadinha vê suas plumas brilhantes, Aretusa vê seu leque de pavão, Gally enxerga sua raba poedeira, Canarinha os seus olhos lacrimejosos e Magricela sua cloaca forte.
Eu cometi erros que eu já me arrependi
Menti e enganei, mas agora evoluí
Mamãe já dizia que bicho te mordeu?
E eu me pergunto, você comeria uma franga como eu?
Porque quando você vê minhas pintinhas, baby já quer fugir
Mas eu me amo, porque eu nasci assim
Vou mostrar a melhor versão de mim, aquilo sempre escondeu
Então, comeria uma franga como eu?
Quando a pessoa com a faca começa a conferir os ovos, percebe que Gally havia esquecido um de seus pintinhos. Ela levanta o falcão. para extinguí-la. Pintadinha observa aquilo, em câmera lenta e abre suas asas, sendo que imediatamente uma luz colorida reflete o local.
Uma franga!
Uma franga como eu, uma franga como eu
Fra-fran-ga como eu, uma franga como eu!
Fra-fra-franga como, uma franga como eu!
No trajeto de milho dourado, as penagens vão voltando a ser galinhas, como se elas fossem fênix ressurgindo das cinzas, de forma acelerada com a cena retrocedendo. Agora, Gally Blacks pega os ovos que havia colocado e ao invés de chocá-los segura em suas mãos, cantando para a pessoa que queria discipliná-la.
Franga como eu, você é uma galinha como eu
Só porque foi pré-cozida não quer dizer que morreu
Para os seus pecados, não haverá jubileu
Porque só Abobrinha pode julgar, e uma mulher é Deus
O nosso interior não se retira da prateleira
Se é amargo ou doce, não tampe o sol com a peneira
Ressurja como uma fênix, viverá para a vida inteira
Mas não esqueça suas raízes, acerte o alvo de primeira
Uma mutação, constante evolução
Eterna metamorfose porque sou um pokémon
Eu saio do casulo e voo sem direção
As galinhas querem se transformar como eu,
Porque eu sou um mulherão
Peça à fada Abobrinha e ela realizará seus desejos,
Mas você mudará por fora, não mudará por dentro
É a Gally e a Pintadinha, reinando no celeiro
Nós não nos envergonhamos (Sophia)
De sermos quem somos
Todas as aves se revoltam, cada uma a sua maneira. Canarinha começa a chorar em seu ninho e sai batendo suas asas. Aretusa com seu leque faz um omelete, cortando o facão em pedacinhos. Magricela e Gally miram a cloaca em direção ao inimigo, atirando ovos. Entretanto, Pintadinha ainda fica retraída em ser quem é.
Fra-fran-ga como eu, uma franga como eu!
Fra-fra-franga como, uma franga como eu!
Após deixarem de serem galinhas perfeitas, elas saem do carro, descendo no pântano da Cuca, desamarrando Pintadinha e olham para trás, vendo Farmville sendo inundada pelas lágrimas de Canarinha. Elas jogam Pintadinha no chão e as algemas dela brilham.
Eu cometi erros que eu já me arrependi
Menti e enganei, mas agora evoluí
Mamãe já dizia que bicho te mordeu?
E eu me pergunto, você comeria uma franga como eu?
Porque quando você vê minhas pintinhas, baby já quer fugir
Mas eu me amo, porque eu nasci assim
Vou mostrar a melhor versão de mim, aquilo sempre escondeu
Então, comeria uma franga como eu?
As algemas vão trilhando o próprio caminho, iluminando o solo e formando a imagem de um pássaro, revelando que eram suas pintinhas que a prendiam e agora ela estava livre.
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